As desigualdades de género colocam  as mulheres e raparigas em vulnerabilidade de contrair o HIV e deixá-as com um ônus acrescido no cuidadado dos doentes bem como das Crianças Órfãs e vulneráveis (COV). De forma paralela, os esteriótipos  de género masculinos incentivam os homens a equacionar uma série de comportamentos de risco- o uso da violência, abuso de drogas e à busca de múltiplas parceiras sexuais – como sinal de virilidade. Claramente, uma série de normas de género facilitam a violência de género (VBG). Além disso, as construções rígidas de masculinidade levam os homens contemplarem os serviços de saúde, como um sinal de fraqueza, influenciando assim  negativamente a utilização de serviços essenciais, tais como tesagem  e tratamento do HIV e SIDA. Portanto, tais dinâmicas de género desempenham um papel fundamental no aumento da vulnerabilidade tanto de homens como das mulheres ao HIV. Consequentemente envolver os homens na Igualdade de Género (IG) influencia a propagação e os efeitos do HIV e SIDA. Além disso, as interseções entre VBG e HIV são claras uma vez que a VBG é causa/efeito de HIV. Como forma de se prevenir a VBG, é importante trabalhar com homens e mulheres de forma a mudar as normas sociais que acentuam a VBG, através da criação de modelos alternativos e não-violentos para homens e rapazes, assim como apoiá-los a agirem como activistas contra a VBG. Nossas principais intervenções procuram abordar as dinâmicas de género que influenciam  a infecção por HIV e VBG através das seguintes atividades: Workshops/grupos de discussão com jovens; formação de organizações da sociedade civil em abordagens transformativas de género;  desenvolvimento e disseminação de materiais educativos em envolvimento dos homens em IG.